Paulo Freire |
A VIDA COMO APRENDIZADO
ALGUMAS IDEIAS DO EDUCADOR PAULO FREIRE
“Toca violão bem baixinho e canta para eu dormir.”
(Livro do Bebê in Ana Maria Araújo Freire no livro Paulo Freire: uma biobibliografia, em “A voz da esposa”)
(Livro do Bebê in Ana Maria Araújo Freire no livro Paulo Freire: uma biobibliografia, em “A voz da esposa”)
“Na verdade, o domínio sobre os signos linguísticos
escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência
social que o precede – a da ‘leitura’ do mundo.”
(Cartas à Guiné-Bissau, 1977.)
(Cartas à Guiné-Bissau, 1977.)
“A retomada da infância distante, buscando a
compreensão do meu ato de ‘ler’ o mundo particular em que me movia (...), me é
absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio, e
revivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não
lia a palavra.”
(A importância do Ato de Ler, 1982.)
(A importância do Ato de Ler, 1982.)
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso
compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha
para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
(Educação na Cidade, 1991.)
(Educação na Cidade, 1991.)
“Dai a ênfase que dou (...) não propriamente à análise
de métodos e técnicas em si mesmos, mas ao caráter político da educação, de que
decorre a impossibilidade de sua neutralidade.”
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta
sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)
“A consciência do mundo e a consciência de si como
ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num
permanente movimento de busca (...).”
(Pedagogia da Autonomia, 1997.)
“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam.”
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)
(Pedagogia da Autonomia, 1997.)
“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam.”
(Pedagogia do Oprimido, 1968.)
“Quando penso em minha Terra, penso sobretudo no
sonho possível – mas nada fácil – da invenção democrática de nossa sociedade.”
(À Sombra desta Mangueira, 1995.)
(À Sombra desta Mangueira, 1995.)
“Devemos compreender de modo dialético a relação
entre a educação sistemática e a mudança social, a transformação política da
sociedade. Os problemas da escola estão profundamente enraizados nas condições
globais da sociedade.”
(Medo e Ousadia, 1987.) “Minha fala (..) estava acrescida de um significado que antes não tinha. Era, no momento (...) em que a comunhão não era apenas a de homens e de mulheres e de deuses e ancestrais, mas também a comunhão com as diferentes expressões de vida. O universo da comunhão abrangia as árvores, os bichos, os pássaros, a terra mesma, os rios, os mares. A vida em plenitude.”
(Pedagogia da Esperança, 1992.)
(Medo e Ousadia, 1987.) “Minha fala (..) estava acrescida de um significado que antes não tinha. Era, no momento (...) em que a comunhão não era apenas a de homens e de mulheres e de deuses e ancestrais, mas também a comunhão com as diferentes expressões de vida. O universo da comunhão abrangia as árvores, os bichos, os pássaros, a terra mesma, os rios, os mares. A vida em plenitude.”
(Pedagogia da Esperança, 1992.)
“Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é
uma ‘chaga’, nem uma ‘erva daninha’ a ser erradicada (...), mas uma das
expressões concretas de uma realidade social injusta.”
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)
(Ação Cultural para a Liberdade, 1976)
“Daí que os intelectuais que aderem a esse sonho
tenham de selá-lo na passagem que devem realizar ao universo do povo. No fundo,
tem de viver com ele uma comunhão em que, sem dúvida, terão muito o que ensinar
se, porém, com humildade e não por tática, aprenderem a renascer como um
intelectual ficando-novo.”
(Por uma Pedagogia da Pergunta, 1989.)
(Por uma Pedagogia da Pergunta, 1989.)
“É porque podemos transformar o mundo, que estamos
com ele e com outros. Não teríamos ultrapassado o nível de pura adaptação ao
mundo se não tivéssemos alcançado a possibilidade de, pensando a própria
adaptação, nos servir dela para programar a transformação.”
(Pedagogia da Indignação, 2000.)
(Pedagogia da Indignação, 2000.)
“A pessoa conscientizada tem uma compreensão
diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se,
organiza-se para mudar o mundo.”
(Cartas à Cristina, 1994.)
(Cartas à Cristina, 1994.)
“O amor é uma intercomunicação íntima de duas
consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor.
Não se trata de apropriar-se do outro.”
(Educação e Mudança, 1979.)
(Educação e Mudança, 1979.)
“Desrespeitando os fracos, enganando os incautos,
ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a
mulher, não estarei ajudando meus filhos a serem sérios, justos e amorosos da
vida e dos outros.”
(Pedagogia da Indignação, 2000.)
Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.
(Pedagogia da Indignação, 2000.)
Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.
PAULO
FREIRE
(1921 – 1997) foi um dos mais importantes educadores do país. Nasceu em Recife,
Pernambuco, em 19 de setembro de 1921. Ficou conhecido principalmente por criar
as bases do Programa Nacional de Alfabetização, durante o Governo João Goulart.
No Golpe Militar de 1964, o Programa foi extinto e Freire exilado. Muitos anos
depois, com a abertura democrática, o pensamento freireano voltou a influenciar
a educação no Brasil, embora devamos reconhecer a distância ainda excessiva
entre os ideais libertários e progressistas do pensador e as práticas
cotidianas na maioria das Escolas Brasileiras.
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