sábado, 20 de dezembro de 2014

CONTO - LALO ARIAS

Mona, aquela uma, olhando pra fora


LUA DE MEL EM PORTO SEGURO (II) 
UMA LENDA VERDADEIRA EM VÁRIAS PARTES
Aquele mês foi engraçado, dia seguinte do jogo de futebol, e de tudo o que houve no bar da Eugênia, o afamado Tordilho, minha, eu não conseguia sair daquela cama, do camarote, do quarto, do colchão no chão, do apartamento do dentista ou sei lá, aquele reparador de monumentos dentifrícios, com quem eu dividia o apartamento e que nem eu sequer pagava as contas. Eu e Mona, eu Jonas, e ela Mona, nos encontramos no bar do Bahiano, quando o Confraria ainda era lá naquela galeria na Augusta com Luís Coelho, eu acho. O bar era bem escurinho, aí, sem grana, falei pra Mona: tem uma coisa que eu preciso dizer, então, dois pontos, novamente: tô com uma excreção no pau, a coisa tá ardendo. Ela me diz, daquele jeito dela: em mim também. Tá doendo pra caralho, mas, Jonas, nós ficamos trepando umas 36 horas sem parar. Será que não é isso?
Eu tinha sono por demais, Mona era linda a dar com pau. Chamei ela pro apartamento que era meu, mas também não era. Curamos nossas feridas naquele inverno de 1973. O amor era lindo. Até que conheci a Mona inteiramente. E pedi a mina em casamento.

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