domingo, 24 de maio de 2015

POESIA – LALO ARIAS




E ENTÃO TUDO DESAPARECEU

esta noite e as próximas noites
não trarão a realidade
nunca serei a vítima que transborda
pequenas palavras
encontro um querido amigo
tão jovem quanto já fui
tão jovem quanto jamais serei
não há métodos seguros para a luta
não há regras
misturadas ao meu sangue
não há neve nesta cidade
ouvir minha própria voz
o medo na própria voz repetindo não
não faça isso
não esmurre meu rosto
não minta para mim
não diga que você quer me socorrer
não diga que há abrigo se não há nada de novo
lembrem-se: o berço range e a criança sorri
lembrem-se: fabricamos armas mortais

         (maio, 2015)

Nenhum comentário:

Postar um comentário